Trabalhadores de baixa qualificação representam as maiores taxas de mortalidade pela COVID-19, em comparação com outros profissionais, segundo uma análise do Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) do Reino Unido.
Após analisar 2.494 mortes relacionadas ao coronavírus e registradas até 20 de abril entre trabalhadores na Inglaterra e País de Gales, o ONS comprovou que quase dois terços dos falecidos eram homens, o que vai de encontro com as estatísticas de outros países.
O órgão analisou os perfis de trabalho dos falecidos e constatou que taxistas, motoristas, chefes de cozinha, assistentes de vendas e trabalhadores da construção civil são os mais afetados pela pandemia do coronavírus e correm mais riscos de falecer pela doença.
Ainda assim, a análise conclui que taxas de mortalidade pela COVID-19 "aumentaram significativamente" entre homens e mulheres que trabalham com assistência social, um grupo que inclui tanto empregados de abrigos para idosos como cuidadores.
Seguranças e profissionais relacionados registraram uma taxa de mortalidade mais alta para o coronavírus, com 45,7 mortes para cada 100 mil pessoas, estipulam as estatísticas.
Enquanto isso, profissionais da saúde, incluindo médicos e enfermeiros, não registraram uma taxa de mortalidade significantemente mais alta em comparação com pessoas da mesma idade e sexo no resto da população, detalhou o ONS. Contudo, estas mortes ainda podem ser analisadas e, portanto, registradas futuramente.
Entre mulheres, segundo a análise, somente um grupo apresentaria uma taxa mais alta estatisticamente significante: cuidado, entretenimento e outros serviços.
O escritório britânico destaca que os dados "não provam de forma conclusiva" que as taxas de mortalidade observadas sejam "necessariamente causadas por diferenças na exposição ocupacional".