"Nossa presença militar, embora pequena, é importante para cálculos gerais. Por isso, instamos o Congresso, o povo americano e o presidente [dos EUA] a manter estas forças, mas mais uma vez, isto não é Afeganistão, isto não é Vietnã, isto não é um atoleiro", disse representante dos EUA na terça-feira (12) durante uma videoconferência organizada pelo Instituto Hudson.
"Meu trabalho é tornar isso [a situação] em um atoleiro para os russos", disse James Jeffrey.
Asked why the American public should tolerate US involvement in Syria, Special Envoy James Jeffrey points out the small US footprint in the fight against ISIS. "This isn't Afghanistan. This isn't Vietnam. This isn't a quagmire. My job is to make it a quagmire for the Russians."
— Jared Szuba (@JM_Szuba) May 12, 2020
Ao ser perguntado por que o público americano deve tolerar o envolvimento dos EUA na Síria, o representante especial James Jeffrey destaca a pequena presença dos EUA na luta contra Daesh. "Isto não é o Afeganistão. Isto não é o Vietnã. Isto não é um atoleiro. Meu trabalho é tornar isso [a situação] em um atoleiro para os russos."
A chegada das forças expedicionárias russas no final de 2015, após o convite de Damasco, mudou a maré da guerra.
Com sua ajuda, as forças do governo sírio rechaçaram não só o Daesh como também outros grupos militantes, incluindo células filiadas à Al-Qaeda (organizações terroristas proibidas na Rússia e em vários outros países) em múltiplas frentes – deitando por terra os planos dos EUA para mudança de regime em Damasco, escreve RT.
Jeffrey admitiu relutantemente que o Exército russo tem tido sucesso na Síria, argumentando, contudo, que "eles não têm saída política para seus problemas" com o presidente sírio Bashar Assad, e os EUA pretendem oferecer "uma maneira de avançar" através da ONU, presumivelmente referindo-se à Resolução 2254 que Washington há muito tempo interpreta como "Assad deve ir embora".
A revelação do enviado especial dos EUA na Síria é um avanço para além de suas observações no início de março, quando ele disse aos jornalistas durante uma conferência telefônica que o objetivo dos EUA é "tornar muito difícil" para a Rússia ajudar o governo sírio a alcançar uma vitória militar.