Além disso, outras medidas de endurecimento do isolamento social serão implementadas, como suspensão do transporte intermunicipal; fechamento de lotéricas e bancos; horários de funcionamento restrito para postos de gasolina; obras de construção civil, exceto emergenciais, paralisadas; e barreiras nas divisas do Piauí (quem vier de outro estado terá que ficar em isolamento e fazer testes para o coronavírus).
Inicialmente, as regras valem apenas de 0h de sexta-feira (15) até domingo (17). O objetivo é frear a curva de crescimento dos casos da COVID-19 no estado.
O governo do Piauí não usa o termo lockdown, que foi adotado em algumas cidades do Nordeste, como Fortaleza, Recife e São Luís.
'Será tratado como crime'
"No Piauí, não vamos adotar lockdown típico, que é a paralisação total. Podemos fazer se for necessário, mas quero trabalhar uma alternativa intermediária antes de uma medida radical. Estamos determinando lei seca a partir da 0h de sexta-feira [15], que é feriado antecipado do Dia do Piauí", disse Wellington Dias em entrevista para a TV Clube.
De acordo com o governador, a proibição da venda de bebidas deve reduzir a quantidade de acidentes e diminuir a lotação das UTIs. Não há restrição para o consumo em casa. Não está claro se mercados poderão vender bebidas. O decreto com as novas regras só será publicado na quinta-feira (14).
"Bares que vendem [bebida alcoólica], pessoas que se aglomeram, que estavam transitando bêbadas, entupindo as UTIs de saúde. Nesse caso, será tratado como crime", acrescentou o petista.
Segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado na terça-feira (12), o Piauí tem 1.443 casos confirmados da COVID-19 e 49 mortes.