Sediada em Paris, a Sanofi recebeu financiamento do governo dos EUA para desenvolver uma vacina para a COVID-19. Como resultado, Washington tem "o direito à maior pré-encomenda, porque investiram no risco", disse o CEO da empresa, Paul Hudson, à Bloomberg News.
O governo francês contestou essa linha de raciocínio, insistindo que nenhuma nação deveria ter prioridade uma vez criada a vacina.
"Para nós, seria inaceitável que houvesse acesso privilegiado para este ou aquele país sob um pretexto que seria um pretexto financeiro", afirmou Pannier-Runacher durante uma entrevista de rádio nesta quinta-feira (14).
Aparentemente, a empresa alterou sua posição original, explicando que a produção em solo americano irá para o mercado americano. A vacina também será fabricada na França e disponibilizada imediatamente para a Europa. O chefe da Sanofi França insistiu que, se um medicamento eficaz for descoberto, ele estará "disponível para todos".
A corrida para criar um tratamento eficaz contra a COVID-19 levou a preocupações de que alguns países, especialmente os países menos desenvolvidos, pudessem ser deixados para trás para lutar por conta própria da pandemia.
Os residentes do Reino Unido receberam prioridade de uma vacina experimental em desenvolvimento pela Universidade de Oxford, de acordo com a AstraZeneca, que fabricará a vacina.
A luta global contra a COVID-19 expôs rachaduras na aliança transatlântica entre Washington e seus parceiros europeus. Em abril, autoridades francesas acusaram os EUA de sequestrar remessas de equipamentos de proteção individual (EPIs) distribuindo dinheiro para a China no último minuto, redirecionando os suprimentos necessários que eram originalmente destinados à Europa.