A declaração foi dada por Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada ao ser perguntado por jornalistas. A informação foi publicada pelo portal G1.
"Está a palavra PF, duas letras: PF", respondeu o presidente.
O presidente alegou que estava se referindo à segurança da sua família e disse que espera ver o vídeo completo liberado pela Justiça para que a "análise correta seja feita".
"Eu espero que a fita se torne pública, para que a análise correta venha a ser feita. A interferência não é nesse contexto da inteligência, não. É na segurança familiar. É bem claro", afirmou Bolsonaro.
Na transcrição do vídeo da reunião, entregue pela Advocacia-Geral da União, Bolsonaro disse que tentou trocar "gente da segurança nossa no Rio", mas não teve sucesso.
"Eu não vou esperar f***r minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar. Se não puder trocar, troca o chefe dele. Se não puder trocar o chefe. Troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira [...]", aponta um trecho da transcrição.
O relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, vai decidir nos próximos dias se torna público o inteiro teor do vídeo.
A defesa do ex-ministro Sergio Moro pede a divulgação integral do vídeo.
Bolsonaro defendeu que não sejam mostradas as partes em que ele fala sobre "questões que têm a ver com política externa e segurança nacional".