Em meio à elaboração da Lei de Autorização de Defesa Nacional de 2021, o Pentágono solicitou ao Congresso a permissão para desenvolver dois novos submarinos da classe Columbia para a Marinha dos EUA, envolvendo um acordo estimado em US$ 17,7 bilhões (R$ 102,8 bilhões) com a General Dynamics.
A proposta "permitiria um contrato de compra única de até dois submarinos da classe Columbia (SSBN 826 e SSBN 827), fornecendo estabilidade de base industrial, eficiência de produção e economia de custos", segundo relatório do Pentágono, citado pela Defense News.
A negociação já ocorre há algum tempo, entretanto, a atual pandemia de COVID-19 ofereceu uma vantagem ao Pentágono, que conseguiu reduzir o valor estimado do acordo provisório após garantir à General Dynamics um fluxo consistente de trabalho.
Dessa forma, a empresa de defesa e seus investidores teriam maior segurança econômica contra as consequências da pandemia nos EUA.
De acordo com o cronograma, o serviço pretende adquirir seu primeiro de 12 novos submarinos nucleares em algum momento do ano fiscal de 2021, que se inicia em outubro deste ano. Entretanto, a aquisição do segundo submarino não está estimada até o ano fiscal de 2024.
A compra dos dez submarinos da classe Columbia estaria prevista para os anos fiscais de 2026 a 2035, sendo integrado por ano.
De acordo com o Defense News, a Marinha dos EUA precisa pagar aproximadamente US$ 8,2 bilhões (R$ 47,6 bilhões) restantes pela compra do primeiro submarino.
O porta-voz do poder legislativo afirmou ao Defense News que David Perdue, presidente do Comitê de Serviços Armados, "certamente apoia e tem trabalhado para melhorar os negócios no Departamento de Defesa", e que ele "consideraria seriamente qualquer proposta dentro dos custos ou que eleve a eficiência".
A tentativa de cortar os custos dos submarinos nucleares ocorre em meio à pressão da Marinha norte-americana para expandir sua estrutura, visando contar com 355 embarcações.