"Se a Alemanha quer reduzir a capacidade nuclear e enfraquecer a OTAN, talvez a Polônia – que contribui de forma justa, entende os riscos e está no flanco oriental da OTAN – poderia abrigar [as armas nucleares]", escreveu no Twitter a embaixadora dos EUA na Polônia Georgette Mosbacher.
If Germany wants to diminish nuclear capability and weaken NATO, perhaps Poland - which pays its fair share, understands the risks, and is on NATO's eastern flank - could house the capabilities here: https://t.co/VIzpHIgoUN
— Georgette Mosbacher (@USAmbPoland) May 15, 2020
Este comentário surge na sequência da declaração do embaixador dos EUA na Alemanha, Rick Grenell, que também ocupa cargo de diretor interino da Inteligência Nacional, que apelou em comunicado às autoridades de Berlim para não enfraquecerem a OTAN buscando a retirada das armas nucleares dos EUA do seu território.
"O objetivo da cota nuclear da OTAN é manter os Estados membros não nucleares envolvidos no planejamento da política de dissuasão da OTAN. A participação da Alemanha na cota nuclear assegura que sua voz é importante", escreveu Grenell. "Irá a Alemanha assumir esta responsabilidade, ou ficará de braços cruzados simplesmente usufruindo dos benefícios econômicos da segurança proporcionada pelos seus outros aliados?"
A política de compartilhamento nuclear da OTAN considera que os países da Europa que não possuem armas atômicas recebam e mantenham em seus territórios os meios para usá-las. No caso da Alemanha, existiriam atualmente 20 bombardeiros B61 no oeste do país.