A declaração do líder supremo iraniano foi dada durante uma reunião realizada através de videoconferência com estudantes iranianos no domingo (17), informa a agência de notícias Mehr.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, declarou que Teerã vai retaliar se Washington tomar medidas contra a entrega de combustível para a Venezuela, atingida pela crise.
A declaração ocorreu logo após o Departamento de Defesa dos EUA designar o Irã, a Coreia do Norte, a Síria, a Venezuela e Cuba como países que "não cooperam" com Washington no combate ao terrorismo.
EUA tentam garantir prorrogação de embargo de armas ao Irã, que expira em 2020https://t.co/l0IrvI9thT
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) May 14, 2020
Os EUA acreditam que Teerã continua sendo "o maior patrocinador estatal do terrorismo no mundo", além de designar o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica como uma organização terrorista, que estaria "diretamente envolvida em conspirações terroristas e assassinatos" de norte-americanos.
Em janeiro, um ataque dos EUA em Bagdá matou o comandante da milícia xiita iraquiana Abu Mahdi Muhandis e o ex-chefe da Força Quds iraniana, o major-general Qassem Soleimani. Na ocasião, Washington alegou que ambos estavam envolvidos em um ataque à embaixada norte-americana em 2019.
Os EUA seguem aplicando uma política de "pressão máxima" sobre o Irã desde 2018, quando os norte-americanos se retiraram do Plano de Ação Conjunto Global, acordo nuclear realizado entre Irã, Rússia, China, França, Alemanha, Reino Unido, EUA e União Europeia em 2015.