A portuguesa Ana Sofia Reboleira, do Museu de História Nacional da Universidade de Copenhagen, reparou em uma característica peculiar do artrópode, um milípede, encontrado na América do Norte, que oficialmente é chamado de Cambala annulata.
Reboleira reparou em diversos pequenos pontos na criatura, o que levou à descoberta de um misterioso tipo de espécie de fungo que ainda não teria sido documento até então, revela a publicação Newsweek.
A pesquisa, publicada na revista MycoKeys, detalha a existência do que foi definido como uma espécie de Laboulbeniales – um fungo parasita que ataca insetos e milípedes.
Graças à inusitada forma como foi descoberta, a espécie foi nomeada Troglomyces twitteri.
Happy to see the first #Laboulbeniales paper in @MycoKeys. @SReboleira et al. describe a #NewSpecies of Troglomyces from an American millipede—discovered here on @Twitter thanks to a photo posted by @derekhennen! https://t.co/ZVwKgdWxa9 #SocialMedia #FungalDiversity pic.twitter.com/aWtjAciwBo
— Dr. Danny Haelewaters 🇧🇪🇪🇺🏳️🌈 (@dhaelewa) May 14, 2020
Estou feliz em ver o primeiro estudo sobre Laboulbeniales na MycoKeys. Sofia Reboleira e outros descrevem uma nova espécie de Troglomyces em um milípede americano – descoberto aqui no Twitter graças a uma foto publicada por Derek Hennen.
De acordo com a equipe de cientistas envolvida, Laboulbeniales vivem na parte externa de seus hospedeiros, especificamente nos órgãos reprodutivos neste caso. Eles ficam absorvendo nutrientes do hospedeiro por meio de uma "estrutura especial de sucção".
Os autores do estudo afirmam: "O uso de mídias sociais representa agora uma parte considerável de como os humanos interagem e percebem as notícias de um mundo em mudança."
Em ressonância a esta afirmação, Reboleira concorda que as mídias sociais tem um grande papel em descobertas científicas.