A medida, autorizada pelo governador Waldez Góes, terá um prazo de 10 dias e foi fundamentada com as orientações do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública, que gerencia a pandemia no estado, informou Agência Brasil.
O estado atingiu a marca de 3.630 casos confirmados de COVID-19 na última sexta-feira (15).
Segundo as autoridades locais, Amapá é o estado brasileiro com o maior taxa de contaminação pelo novo coronavírus, com 355,3 a cada 100 mil habitantes. Mais de seis mil casos notificados ainda aguardam resultado dos testes.
"Considerando a relação inversamente proporcional da curva de crescimento acentuado dos casos, com a expressiva queda no percentual de isolamento social no Amapá nas últimas semanas, oscilando abaixo de 50%, que, para ser efetivo na contenção da propagação acelerada do vírus SARS-CoV-2, o nível de isolamento social precisará atingir patamares acima de 70%", informou o parecer do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública.
O lockdown não afetará serviços essenciais, como supermercados, farmácias e similares, que funcionarão em horários determinados pelo governo, como multa para quem descumprir as regras.
De acordo com o governador, a medida busca achatar a curva de contágio, que, no atual cenário, atinge mais de 200%.
"Mesmo com os esforços de todos nós, em especial da população que atende a recomendação de ficar em casa, o crescimento acelerado de casos da COVID-19 nos obriga a adotar medidas mais rígidas de isolamento social", disse o governador do estado para imprensa.
As autoridades anunciaram a implementação de barreiras sanitárias para verificação das placas, controle de temperatura de motoristas e passageiros, distribuição de máscaras, bem como a desinfecção de ruas, testes rápidos na população e fiscalização em estabelecimentos comerciais.
A proibição de circulação valerá para praças, parques, orlas e outros locais de aglomeração de pessoas.