Segundo o estudo publicado pelo IBGE, os domicílios estão em 734 municípios do país, onde foram identificadas mais de 13,1 mil zonas chamadas de Aglomerados Subnormais, áreas como favelas e palafitas.
Essas áreas são caracterizadas pelo IBGE por possuírem padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e localização em áreas que apresentam restrições à ocupação. Entre os critérios do IBGE para identificar as áreas, foram considerados ausências do título de propriedade dos imóveis e também outras categorias como a restrição de ocupação do solo.
O levantamento identificou ainda que o número de Aglomerados Subnormais mais que dobrou desde o Censo de 2010. Segundo o IBGE, em 2010 havia cerca de 6,3 mil áreas precárias em 323 municípios no país. No total eram cerca de 3,2 milhões de domicílios.
O estudo fazia parte do Censo Demográfico 2020, suspenso devido à pandemia do novo coronavírus. No entanto, o IBGE divulgou os resultados do levantamento para auxiliar o poder público na elaboração de políticas de combate à pandemia da COVID-19.
Nesse sentido, o IBGE identificou a distância dos aglomerados em relação a unidades de atenção primária de saúde. O estudo aponta que 41,02% dessas áreas estão a uma distância de até 500 metros de um desses serviços de saúde de atenção primária. Já em relação às unidades de saúde com suporte para observação e internação, a distância mais presente, entre um quilômetro e dois quilômetros, é a situação de 36,26% das áreas observadas.
Segundo a atualização mais recente do Ministério da Saúde, o Brasil tem 254.220 casos confirmados da COVID-19 e 16.792 mortes causadas pela doença.