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Em meio à pandemia, Brasil tem mais de 5 milhões de casas em situação precária, diz IBGE

© Folhapress / Ellan Lustosa / Código 19Funcionário da Comlurb fazem a higienização das ruas na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro
Funcionário da Comlurb fazem a higienização das ruas na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro - Sputnik Brasil
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Nesta terça-feira (19), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um estudo que aponta que o Brasil tem 5,1 milhões de domicílios em condições precárias.

Segundo o estudo publicado pelo IBGE, os domicílios estão em 734 municípios do país, onde foram identificadas mais de 13,1 mil zonas chamadas de Aglomerados Subnormais, áreas como favelas e palafitas.

Essas áreas são caracterizadas pelo IBGE por possuírem padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e localização em áreas que apresentam restrições à ocupação. Entre os critérios do IBGE para identificar as áreas, foram considerados ausências do título de propriedade dos imóveis e também outras categorias como a restrição de ocupação do solo.

O levantamento identificou ainda que o número de Aglomerados Subnormais mais que dobrou desde o Censo de 2010. Segundo o IBGE, em 2010 havia cerca de 6,3 mil áreas precárias em 323 municípios no país. No total eram cerca de 3,2 milhões de domicílios.

© REUTERS / Ricardo MoraesMulher usando máscara na Rocinha, Rio de Janeiro, durante pandemia de coronavírus.
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Mulher usando máscara na Rocinha, Rio de Janeiro, durante pandemia de coronavírus.

O estudo fazia parte do Censo Demográfico 2020, suspenso devido à pandemia do novo coronavírus. No entanto, o IBGE divulgou os resultados do levantamento para auxiliar o poder público na elaboração de políticas de combate à pandemia da COVID-19.

Nesse sentido, o IBGE identificou a distância dos aglomerados em relação a unidades de atenção primária de saúde. O estudo aponta que 41,02% dessas áreas estão a uma distância de até 500 metros de um desses serviços de saúde de atenção primária. Já em relação às unidades de saúde com suporte para observação e internação, a distância mais presente, entre um quilômetro e dois quilômetros, é a situação de 36,26% das áreas observadas.

No geral, 64,93% das áreas dos aglomerados têm hospitais a menos de dois quilômetros de distância e 79,53% ficam a menos de um quilômetro de unidades básicas de saúde. 

Segundo a atualização mais recente do Ministério da Saúde, o Brasil tem 254.220 casos confirmados da COVID-19 e 16.792 mortes causadas pela doença.

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