PDS 70 é uma estrela de pequena massa localizada na constelação de Centauro a cerca de 370 anos-luz da Terra. Ela tem apenas 5,4 milhões de anos e abriga dois protoplanetas, PDS 70b e c, e um disco circunstelar em que uma região de 20 a 40 unidades astronômicas está livre de poeira (uma unidade astronômica é de aproximadamente 150 milhões de km).
New direct images captured with @keckobservatory's upgraded adaptive optics system confirm existence of two Jupiter-like protoplanets orbiting the star PDS 70. Congrats to Jason Wang of @Caltech & his team! Details: https://t.co/D5NL5gz7I0 pic.twitter.com/J1N7Afol7c
— W. M. Keck Observatory (@keckobservatory) May 18, 2020
Novas imagens diretas capturadas com o sistema de ótica adaptativa atualizado do observatório W. M. Keck. confirmam a existência de dois protoplanetas semelhantes a Júpiter orbitando a estrela PDS 70.
O planeta PDS 70b, que tem uma massa entre 4 e 17 vezes a de Júpiter, está localizado na região livre de poeira a uma distância de cerca 21 unidades astronômicas da sua estrela, ou seja, semelhante à órbita de Urano em nosso Sistema Solar.
Seu "irmão gêmeo" PDS 70c se situa mais longe da estrela, perto da margem externa da região sem poeira a uma distância semelhante à existente entre Netuno e o nosso Sol.
PDS 70 é o primeiro sistema multiplanetário conhecido onde os astrônomos podem ver o processo de formação de novos planetas. Os referidos planetas já tinham sido observados no ano passado, escreve portal Sci-News.
"Quando os dois planetas foram fotografados pela primeira vez, houve uma certa confusão. Embriões planetários se formam a partir de um disco de poeira e gás em torno de uma estrela recém-nascida", comentou doutor Jason Wang do Departamento de Astronomia do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
"Este material circunstelar acumula-se no protoplaneta criando uma espécie de cortina de fumaça que torna difícil distinguir na imagem o disco de gás e poeira de um planeta em formação", concluiu cientista.
Para proporcionar clareza, Jason Wang e seus colegas desenvolveram um método para destrinçar os sinais da imagem do disco circunstelar e dos protoplanetas.