Encontrado por acidente, durante as obras de um cemitério perto da comuna francesa de Saint-Vulbas, o túmulo continha restos mortais de uma mulher evidenciando ser de classe alta que viveu no século VIII a.C.
Segundo pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Arqueológicas Preventivas (INRAP), os restos foram encontrados dentro de um caixão de carvalho, esculpido de um tronco, junto com outros sinais de seu alto status, possivelmente até de realeza.
"Dentro do caixão, a falecida, uma mulher de meia idade, estava deitada de costas, braços ao lado do corpo, vestida e adornada com suas joias", disse o instituto em comunicado à imprensa.
As pulseiras encontradas na tumba eram feitas de vidro azul e miçangas de cobre, uma tendência da moda de alta tecnologia daquela época. A mulher também usava um cinto com uma grande fivela de cobre, mas as peças de couro e tecido se deterioraram.
As práticas funerárias mudaram drasticamente nos três séculos anteriores, como sugere outro sepultamento próximo que remonta ao século V a.C.
O túmulo, com cobertura de quatro colunas, foi dividido ao meio e continha restos cremados de duas pessoas. Uma delas foi enterrada em uma caixa de madeira forrada com calcário e outra em um recipiente parecido com uma cesta, tudo bem diferente e em contraste com a "mulher de classe alta".
Todas as pessoas enterradas pertenciam à cultura de Hallstatt, dominante durante o fim da Idade do Bronze e o início da Idade do Ferro em grande parte da Europa.