Pedro Heilbron, presidente da companhia aérea Copa Airlines do Panamá, estimou que a aviação comercial e de passageiros levará pelo menos três anos para se recuperar do impacto do coronavírus, que causou a doença COVID-19.
"A recuperação da aviação levará três anos, até 2023", garantiu Heilbron ao jornal La Prensa.
Segundo o executivo, a Copa Airlines, que é a principal companhia aérea do país, operará com 19% de sua capacidade de assentos disponíveis até o final de 2020 e com menos de 41% em 2021.
"A grande maioria das companhias aéreas não vai sobreviver, a menos que tenham algum financiamento ou subsídio estatal", disse Heilbron, descartando que sua companhia acabe por solicitar tal auxílio.
Heilbron advertiu que, uma vez reativado o transporte de passageiros, deve haver coordenação entre os países para evitar o caos e disse que a Copa Airlines tem uma equipe multidisciplinar para definir os protocolos para seus primeiros voos.
O Panamá proibiu os voos comerciais e de passageiros até 22 de junho e a Copa Airlines não opera desde 23 de maio, com exceção dos voos humanitários e de suprimentos médicos.
"As projeções estão mudando para pior, ainda há muita incerteza sobre como será o futuro. O que sabemos é que estaremos operando abaixo do que fomos", admitiu Heilbron, que dirige uma empresa com 7.000 funcionários.
A aviação mundial registrou uma queda de 80% em número de voos até 4 de maio em relação a 2019, com proibições e restrições na circulação de passageiros em uma grande parte dos países, bem como implementação de medidas sanitárias para impedir a circulação da COVID-19 através das fronteiras, segundo o site da companhia de marketing e analítica Wi-Fi, Aislelabs.