EUA bloqueiam proposta da Rússia sobre soberania da Venezuela no Conselho de Segurança da ONU

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Representante russo na ONU confirmou a rejeição por parte dos EUA, nove minutos após a apresentação, da proposta russa sobre um diálogo intra-venezuelano para resolver a crise política do país.

Os EUA bloquearam uma proposta de resolução apresentada pela Rússia no Conselho de Segurança da ONU pedindo respeito à soberania venezuelana, relatou Dmitry Polyansky, vice-chefe da delegação russa.

Na quarta-feira (20), o Conselho de Segurança da ONU realizou uma discussão sobre a recente tentativa de incursão armada da Venezuela. O ministro venezuelano do Interior, Jorge Arreaza, disse que em 3 de maio as autoridades do seu país evitaram uma invasão naval de combatentes colombianos em embarcações de alta velocidade provenientes do departamento de La Guajira.

O presidente da Assembleia Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello, especificou que foram mortos oito atacantes. O presidente Nicolás Maduro disse que o objetivo da invasão era o seu assassínio e que entre os atacantes detidos estavam dois cidadãos norte-americanos, a quem ele chamou de agentes da guarda pessoal do presidente dos EUA.

As autoridades dos Estados Unidos e da Colômbia afirmaram não ter nada a ver com os acontecimentos.

A proposta de resolução dizia que os membros do Conselho de Segurança rejeitavam o uso ou ameaça de uso da força, conforme previsto na Carta da ONU, reafirmavam as resoluções sobre a condenação do terrorismo e todas as suas formas e manifestações, bem como o uso de mercenários.

"Os membros do Conselho de Segurança pedem que a situação atual na República Bolivariana da Venezuela seja tratada através do diálogo entre venezuelanos, sem interferência externa, por meios pacíficos e políticos" no quadro da Constituição do país "e com pleno respeito à soberania e integridade territorial da Venezuela", indicava o documento.

Este é o projeto proposto pela Rússia para ser adotado hoje, após videoconferência do Conselho de Segurança da ONU. Sem acusações, apenas apoio a coisas básicas comuns. Os EUA mataram a proposta no espaço de nove minutos após o início do procedimento de silêncio. Alguma pergunta sobre a posição "construtiva" dos EUA sobre a Venezuela?

Os protestos em massa contra Maduro começaram na Venezuela no início de 2019, após ele ter sido empossado como presidente. Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, controlada pela oposição, então se autoproclamou chefe de Estado interino.

Vários países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, reconheceram Guaidó como chefe de Estado. Por sua vez, Maduro chamou o dirigente do parlamento de "fantoche dos Estados Unidos". Rússia, China, Turquia e vários outros países seguem apoiando Maduro como presidente legítimo.

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