O SARS-CoV-2, vírus que provoca a COVID-19, tal como os outros, normalmente se cola a uma superfície inanimada ou a um ser vivo, procurando encontrar células que possa infectar para se espalhar.
No entanto, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, EUA, acreditam que texturas eletrocêuticas poderiam eliminar o novo coronavírus com um simples contato, segundo uma versão preliminar do estudo no arquivo científico ChemRxiv.
"A COVID-19 [...] é altamente infecciosa, especialmente para os profissionais de saúde. Eles estão constantemente expostos a pessoas que têm essa infecção e, embora usem, por exemplo, máscaras faciais, alguns desses vírus aderem ao exterior dessas máscaras", disse Chandan Sen.
"Quando você remove a máscara, você acaba espalhando a infecção", avisa.
O objetivo dos pesquisadores agora é receber Autorização de Uso Emergencial da Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) para usar o tecido em máscaras faciais no combate à COVID-19.
"Então nosso desafio aqui é, uma vez que este vírus entra em contato com o tecido da máscara, ele não pode mais infectar."
Segundo explicam os cientistas, o termo eletrocêuticos se refere a "uma matriz de baterias de microcélulas embutidas que cria um campo elétrico e gera sem fio um baixo nível de eletricidade na presença de umidade". Os pesquisadores têm estudado o funcionamento do tecido durante os últimos seis anos.
O diretor do Centro de Medicina e Engenharia Regenerativa de Indiana revela que, após tocar o tecido, o vírus perde sua capacidade de infectar em um minuto no máximo.
New research by IU scientists shows electroceutical fabric destroys coronavirus on contact, providing compelling evidence to apply for PPE use in the fight against COVID-19. https://t.co/Vfbk6JgBTN
— Indiana University (@IndianaUniv) May 19, 2020
Novas pesquisas de cientistas da Universidade de Indiana mostram que o tecido eletromagnético destrói o coronavírus ao contato, fornecendo evidências convincentes para a aplicação de equipamento de proteção individual na luta contra a COVID-19.
O processo acontece devido ao fenômeno de "interação eletrostática", que os vírus utilizam para entrar com sucesso no corpo. Como tal, a estrutura se desmorona ao entrar em contato com uma superfície eletrocêutica.