De acordo com o projeto de lei, seriam excluídas as empresas que não cumprirem as regras das auditorias e regulamentos norte-americanos.
O documento, batizado de Lei de Responsabilidade de Empresas Estrangeiras e promovido por um senador republicano e um senador democrata, para se tornar lei, requer a aprovação da Câmara dos Representantes e posterior assinatura do presidente Donald Trump, aponta agência Reuters.
Trata-se da proibição de qualquer empresa incluir suas ações nas bolsas de valores dos EUA se não tiver cumprido as normas estabelecidas pelo Conselho de Supervisão da Contabilidade das Empresas Públicas dos EUA (PCAOB, na sigla em inglês) por três anos consecutivos.
A medida igualmente exige que as empresas divulguem se são propriedade de um governo estrangeiro ou se são controladas por um governo de fora.
A lei destina-se a ser aplicada a todas as empresas do exterior, mas é particularmente dirigida a empresas chinesas, após a administração Trump ter fortemente criticado a resposta de Pequim à pandemia de coronavírus, que tem provocado graves danos à economia mundial.
Na última década, o número de empresas chinesas cotadas nas bolsas de valores dos EUA aumentou significativamente, segundo afirma John Kennedy, um dos promovedores do projeto de lei.
De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários, 224 empresas cotadas nos EUA estão localizadas em países onde existem obstáculos às inspeções da PCAOB. Estas empresas têm uma capitalização de mercado combinada de mais de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,3 bilhões).