Durante escavações para a construção de um novo aeroporto na capital mexicana, paleontólogos locais descobriram os restos de mais de 60 mamutes que habitavam a região durante o Pleistoceno, uma época geológica que vai de 2,58 milhões de anos atrás até 11.700 a.C.
Segundo informa o jornal mexicano Excelsior, já desde uma primeira descoberta nas imediações, em abril de 2019, que os paleontólogos acreditavam que o lugar da construção do novo aeroporto de Santa Lúcia, próximo à Cidade do México, poderia conter vestígios da fauna pré-histórica que ali viveu há cerca de 37 mil anos perto do lago Xaltocan, entretanto desaparecido.
Efetivamente, em 2019, no município de Tultepec, localizado próximo ao futuro aeroporto, arqueólogos descobriram duas armadilhas para mamute. Nos fossos cavados há mais de 15 mil anos, havia mais de 800 ossos pertencentes a pelo menos 14 desses animais gigantescos, informou o jornal australiano Sydney Herald.
Tal fato levou os pesquisadores a acreditar que poderiam ser encontrados mais vestígios aquando das escavações para o novo aeroporto.
No entanto, segundo Pedro Francisco Sanchez Nava, do Instituto Nacional de Antropologia e História, os achados superaram todas as expectativas.
"Já desenterramos mais de seis dezenas de mamutes. Quase todos eles são da espécie mamute columbiano. Encontramos igualmente outro tipo de fauna associada ao Pleistoceno, como um bisonte, vários camelos e um pequeno cavalo", afirmou Sanchez Nava ao Excelsior.
Além dos mamutes, os paleontólogos descobriram túmulos humanos pré-hispânicos, pratos e restos de um cachorro.
Os achados deverão ser todos reunidos em um museu que ilustre como se vivia no local há 35.000 anos atrás.