Em postagem em sua conta no Twitter, Teich afirmou que "não seria coerente" aceitar o convite para assumir o cargo.
Agradeço ao Ministro Interino Eduardo Pazuello pelo convite para ser Conselheiro do Ministério da Saúde, mas não seria coerente ter deixado o cargo de Ministro da Saúde na semana passada e aceitar a posição de Conselheiro na semana seguinte.
— Nelson Teich (@TeichNelson) May 23, 2020
"Quando assumi o MS, o objetivo era trazer um modelo de gestão mais técnica, que aumentasse a eficiência do sistema e melhorasse o nível de saúde da sociedade. Ser mais técnico não significa apenas uma condução médica mais técnica. Isso seria tratar o problema de forma simplista", acrescentou o ex-ministro.
De acordo com ele, "uma condução técnica do Sistema de Saúde significa uma gestão onde estratégia, planejamento, metas e ações são baseadas em informações amplas e precisas, acompanhadas continuadamente através de indicadores".
Divergência sobre uso da cloroquina
O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, ficou apenas 28 dias no cargo e foi exonerado em 15 de maio. Um dos pontos de colisão com o presidente Jair Bolsonaro foi sobre o uso da cloroquina para tratamento de pacientes com COVID-19, sendo contrário à ampliação do protocolo para o uso do medicamento.
Uma pesquisa realizada com 96 mil pacientes sobre o uso da cloroquina, publicada na última sexta-feira (22) na revista The Lancet, mostrou que o uso da hidroxicloroquina não apresenta benefícios no combate à COVID-19 e aumenta o risco de morte.
Após a exoneração de Teich, o Ministério da Saúde divulgou uma nota informando que estava preparando uma atualização do protocolo para o uso do medicamento cloroquina para tratar a COVID-19.
