Defensor do isolamento social e membro da gestão do ex-ministro Mandetta, Oliveira foi um dos que mais participaram das ações de enfrentamento à pandemia e ficou conhecido em função de aparições diárias nas entrevistas coletivas sobre a situação da COVID-19 no país.
Ele chegou a pedir demissão no dia 15 de abril, antes da renúncia do então ministro da Saúde Henrique Mandetta, mas permaneceu no cargo a pedido do seu ex-chefe. Nelson Teich, que também já deixou a chefia da pasta, também solicitou a permanência de Wanderson de Oliveira no cargo.
Após a saída de Teich, o secretário de vigilância informou seu desligamento ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello. Oliveira é servidor do Hospital das Forças Armadas de Brasília, e se reapresentará à instituição.
"Apesar de sair da função de Secretário de Vigilância em Saúde, continuarei ajudando o Ministro Pazuello nas ações de resposta à pandemia. Somos da mesma instituição, Ministério da Defesa, e conosco missão dada, é missão cumprida", disse Wanderson, citado pelo G1.
Oliveira é doutor em epidemiologia e passou 15 dos mais de 20 anos de sua carreira no Ministério da Saúde. Antes do novo coronavírus, ele coordenou a resposta do país à síndrome da zika congênita e à pandemia de influenza. É especialista em epidemiologia pela Escola de Saúde Pública Johns Hopkins, também nos Estados Unidos, e é professor da escola da fundação Oswaldo Cruz, em Brasília.