Durante conversa com o presidente brasileiro, Lacalle Pou afirmou que foi discutido pôr em prática acordo entre o Brasil e o Uruguai de caráter sanitário, assim como também o trânsito de estudantes e trabalhadores fronteiriços dos dois países.
O presidente uruguaio ressaltou que a preocupação com a situação sanitária na fronteira foi recíproca entre os chefes de Estado, publicou a Presidência do Uruguai.
Medidas adicionais
Sendo assim, dois postos de controle migratório e sanitário deverão ser instalados na cidade fronteiriça uruguaia de Rivera para reduzir o trânsito desde e até a cidade e outras localidades do Uruguai.
Além disso, a cidade terá aumento de recursos sanitários, como ambulância e leitos para cuidados intensivos. Também, foram suspensas as aulas previstas para o período entre 1° e 15 de junho.
Estabelecimentos comerciais de Rivera serão inspecionados, no entanto, não é planejado o fechamento do comércio.
Inicialmente, cerca de 1.100 testes para COVID-19 serão enviados para cidade, para que as autoridades possam ter maior noção da propagação da doença.
Lacalle Pou afirmou que todas as medidas adicionais poderão ser reavaliadas daqui a 15 dias, e recomendou à população o uso de desinfetantes e o distanciamento social.
Mortes
As medidas do governo uruguaio foram anunciadas logo após Rivera ter sido palco da morte de duas pessoas pelo coronavírus.
Até domingo (24), a cidade uruguaia registrou 12 casos positivos da doença, sendo que cinco pertenciam ao mesmo contato, de acordo com declarações do subsecretário de Saúde José Luis Sadijan ao canal de TV 10 do Uruguai.
A fronteira entre ambos os países foi caracterizada como um pé de Aquiles pelo portal Infobae, tendo em vista o livre trânsito de cidadãos de ambos os países e também a propagação do coronavírus no Brasil.
Com 769 casos registrados da doença, o Uruguai já apresenta 22 mortes. Por sua vez, o Brasil teve mais de 363 mil casos e quase 23 mil mortes.