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Witzel se diz alvo de perseguição e sugere que outros governadores também serão

© Foto / Tomaz Silva/Agência BrasilO governador Wilson Witzel toma posse na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) .
O governador Wilson Witzel toma posse na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) . - Sputnik Brasil
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O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse em coletiva de imprensa nesta tarde (26) que está sendo alvo de uma perseguição política e que o mesmo deverá acontecer com outros adversários do presidente Jair Bolsonaro.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (26) uma operação, intitulada Placebo, realizando uma série de buscas e apreensões, inclusive na residência oficial do governador, o Palácio Laranjeiras, e em sua casa particular, localizada no bairro do Grajaú, na capital do estado. 

A operação investiga possíveis desvios na Secretaria de Saúde fluminense, que teriam sido cometidos durante ações de combate ao surto do novo coronavírus, como compras de respiradores e construção de hospitais de campanha.

O cumprimento dos mandados foi autorizado pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Em sua decisão, o magistrado citou risco de destruição de provas importantes para investigação, que envolve Wilson Witzel e sua esposa, a advogada Helena Witzel. 

​"Eu tenho todo respeito ao ministro Benedito, mas a narrativa que foi levada ao ministro Benedito é absolutamente fantasiosa. Não vão conseguir colocar em mim o rótulo da corrupção", declarou o governador em vídeo publicado pelo G1, se dizendo alvo de perseguição política e responsável por ter determinado as investigações de possíveis irregularidades na Saúde do Rio.

De acordo com o político, nada de importante teria sido encontrado nas buscas realizadas hoje (26) pela PF, nada além de "tristeza".

"O que aconteceu comigo vai acontecer com outros governadores considerados inimigos. Narrativas fantasiosas, investigações precipitadas. Um mínimo de cuidado na investigação do processo penal levaria aos esclarecimentos necessários. Ao contrário, o que se vê na família do presidente Bolsonaro: a Polícia Federal engaveta inquéritos, vaza informações", acusou Witzel, mencionando o filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), que, segundo ele, já deveria estar preso após a apresentação de tantas provas de crimes cometidos, incluindo lavagem de dinheiro. 

​O governador afirmou que está lutando contra forças "muito superiores" a ele, mas pretende continuar "trabalhando de cabeça erguida".

"Continuarei lutando contra esse fascismo que está se instalando em nosso país, contra essa nova ditadura de perseguição, até o último dos meus dias. Não permitirei que, infelizmente, esse presidente que eu ajudei a eleger se torne mais um ditador na América Latina. Vamos lutar contra isso", garantiu o governador, acrescentando que a democracia vencerá e "a justiça vai ser feita no momento oportuno".

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