Nova estratégia econômica anunciada pela China indica que o país estaria se preparando 'para o pior'

© REUTERS / CARLOS GARCIA RAWLINSO presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, chegam ao Congresso Nacional do Povo, em Pequim, no dia 22 de maio de 2020.
O presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, chegam ao Congresso Nacional do Povo, em Pequim, no dia 22 de maio de 2020.  - Sputnik Brasil
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A China vai dar prioridade ao mercado interno, pressionado pelas consequências da pandemia de coronavírus e pela guerra comercial com os Estados Unidos.

A mudança de estratégia econômica anunciada pelo presidente chinês, Xi Jinping, representa para alguns analistas um sinal de que o gigante asiático está se preparando para o pior, conforme indica jornal South China Morning Post.

De acordo com especialistas, o apelo do líder chinês para dar especial atenção ao desenvolvimento do mercado interno e não às exportações, é reflexo da profundidade desta mudança.

Segundo cientista econômico independente Hu Xingdou, trata-se de "uma espécie de preparo para o pior cenário possível, incluindo a deterioração [das relações] com os Estados Unidos". Além disso, o analista opina que tal cenário poderia inclusive levar Pequim a se distanciar do mundo ocidental.

O presidente chinês, Xi Jinping, afirmou aos principais conselheiros econômicos que a China inicia um novo plano de desenvolvimento, no qual o mercado interno desempenhará papel principal, informa o jornal.

Líder chinês estaria priorizando a demanda interna para alcançar autossuficiência.

"Para o futuro, devemos tratar a demanda interna como ponto de partida e de apoio à medida que aceleramos a construção de um sistema completo de consumo interno, e promovemos consideravelmente inovação em ciência, tecnologia e em outras áreas", salientou Xi Jinping, citado pela agência Xinhua.

Anteriormente, o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, afirmou que o governo chinês pretende criar nove milhões de novos empregos até o final de 2020, para situar a taxa de desemprego nas cidades do país em 5,5%.

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