São 29 mandados de busca e apreensão, informa a PF. As ordens judiciais ocorrem no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
A PF não divulgou a lista completa dos alvos, mas informações publicadas pela imprensa indicam que os nomes são ligados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), antigo delator do mensalão e aliado recente de Bolsonaro, está entre os alvos. Jefferson publicou em seu Twitter que teve seu computador e armas apreendidas e comparou a situação à Alemanha nazista.
TRIBUNAL DO REICH. Com um mandado de busca e apreensão, expedido contra mim por Alexandre de Moraes, STF, para aprender meus computadores e minhas armas. Atitude soez, covarde, canalha e intimidatória, determinada pelo mais desqualificado Ministro da Corte. Não calarei. CENSURA. pic.twitter.com/Jfpvo77eAK
— Roberto Jefferson (@blogdojefferson) May 27, 2020
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a operação também teve como alvo os seguintes nomes: o empresário Luciano Hang (dono da Havan), assessores do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), o blogueiro Allan dos Santos, a ativista Sara Winter, o empresário Edgard Corona (CEO das redes de academias Bio Ritmo e Smart Fit), o investidor Otávio Fakhoury e o humorista Rey Bianchi.
Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, os seguintes deputados federais deverão ser ouvidos nos próximos dez dias: Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Daniel Lúcio da Silveira (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR), Junio do Amaral (PSL-MG), Luiz Phillipe Orleans e Bragança (PSL-SP), além dos deputados estaduais Douglas Garcia (PSL-SP) e Gil Diniz (PSL-SP).
Os congressistas não foram alvo da operação de busca e apreensão.