Com a determinação desta quarta-feira (27), o caso permanecerá sob a responsabilidade das autoridades fluminenses, não passando, portanto, para a Polícia Federal e a Justiça Federal, como defendiam os advogados dos supostos executores, o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, atualmente presos.
Vou até refazer o tt: ambos os advogados dos possíveis executores querem e pedem a federalização do caso da minha irmã! Querem que eu desenhe agora?
— Anielle Franco (@aniellefranco) May 27, 2020
O pedido para mudar a jurisdição do caso foi feito em setembro passado pela então procuradora-geral da República Raquel Dodge, que reclamou da "inércia" dos investigadores da Delegacia de Homicídios do Rio para apurar os fatos.
Contrária à federalização, a família de Marielle lutou ativamente pela manutenção das investigações na esfera estadual. Entre os motivos alegados para tal estariam a possibilidade de uma demora ainda maior para a elucidação do crime e o receio de uma interferência do presidente Jair Bolsonaro nos trabalhos da PF, como denunciado pelo ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública).
VITÓRIA! Por 5x0 no STJ a federalização do caso Marielle e Anderson já está NEGADA! Foram mais de 150 mil pessoas e mais de 200 organizações da sociedade civil assinando contra a federalização, e inundamos as redes com a hashtag #FederalizaçãoNão
— Instituto Marielle Franco (@inst_marielle) May 27, 2020
Não temos como agradecer o apoio! pic.twitter.com/A4bzeAks1I
Na votação desta quarta-feira (27), em Brasília, todos os oito ministros presentes se posicionaram contra a federalização, por entenderem não haver motivos suficientes para a Polícia Federal e a Justiça Federal assumirem a investigação que apura quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes.