No mesmo dia em que os exercícios foram conduzidos, o porta-aviões chinês Shandong foi avistado deixando o porto em meio a relatos de novos exercícios com dois porta-aviões.
JUST IN: 2 B-1Bs from Dyess AFB conducted a mission in the South China Sea on May 26 as part of a Bomber Task Force mission, showcasing their ability to fly, sail, & operate anywhere international law allows, at the time and tempo of our choosing. #ReadyAF
— PACAF (@PACAF) May 26, 2020
📷 by SrA River Bruce pic.twitter.com/D2uMNh3875
Dois B-1B da Base Aérea Dyess conduziram uma missão no mar do Sul da China no dia 26 de maio como parte de uma missão da Força-Tarefa de Bombardeiros, demonstrando sua capacidade de voar, navegar e operar em qualquer lugar permitido pelas leis internacionais, quando e a que horas escolhemos.
Na terça-feira (27), a Força Aérea do Pacífico dos EUA anunciou um patrulhamento envolvendo dois bombardeiros supersônicos B-1B Lancer, que já haviam conduzido uma missão no mar do Sul da China no dia 26 de maio, para mostrar sua capacidade de voar, navegar e operar em qualquer lugar em que o direito internacional permitir.
As fotos postadas pelo Serviço de Distribuição de Informações Visuais de Defesa (DVIDS, na sigla em inglês) mostram os bombardeiros em formação durante a missão.
Em outra ocasião, o major-general Jim Dawkins Jr., comandante da Oitava Força Aérea, afirmou que a vantagem do B-1 é poder transportar mísseis antinavio de longo alcance, o que seria perfeito para o atual cenário no Pacífico.
Washington tem feito diversas demonstrações de prontidão e força militar em meio à COVID-19, que já matou mais de 100 mil norte-americanos. Além disso, o Pentágono enviou aeronaves com capacidade nuclear para exercícios surpresas no norte da Europa, Japão, mar do Sul da China e Canadá nos últimos dois meses.
Enquanto isso, a Marinha chinesa está se preparando para elevar o número de exercícios e patrulhas em regiões onde as forças chinesas e norte-americanas entraram em conflito durante situações tensas nos últimos meses.
Na segunda-feira (25), internautas chineses informaram que o porta-aviões Shandong havia sido avistado deixando o estaleiro Dalian, na província de Liaoning, no norte da China. Fato que coincidiu com os avisos de navegação que causaram o fechamento de grande parte do mar Amarelo para os exercícios militares até 2 de junho, conforme publicação do Global Times.
"O Shandong está lançando as bases para formação da capacidade operacional inicial", afirmou o especialista naval de Pequim, Li Jie.
O tabloide Daily Mail também informou que o porta-aviões Liaoning estava no mar de Bohai, um golfo a oeste do mar Amarelo, provavelmente para participar dos exercícios.
Em um relatório sobre o confronto militar no mar do Sul da China, o think tank do Conselho de Relações Exteriores, com sede em Washington, alertou que o risco de guerra entre China e EUA "poderia aumentar significativamente nos próximos 18 meses, principalmente se a relação entre eles continuar se deteriorando como resultado dos atritos comerciais e recriminações sobre a nova pandemia de coronavírus".