"Precisamos trocar o gabinete do ódio pelo gabinete do diálogo. Precisamos de um governo de construção nacional. A ditadura não vai voltar ao Brasil, nós não deixaremos", disse em coletiva de imprensa, segundo o jornal Valor Econômico.
"Nós, brasileiros de bem, não permitiremos a volta da ditadura", acrescentou.
Inquérito aberto pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, investiga a existência de uma organização de apoiadores do presidente que divulga notícias falsas e ataques à democracia por redes sociais, que funcionaria sob influência de um grupo dentro do governo, chamado pela mídia de gabinete do ódio.
"Ouvimos palavras e palavrões contra o STF, contra instituições, contra a democracia, contra investigações", afirmou Doria.
'Vamos parar com essa marcha da insensatez'
Em discurso realizado na quinta-feira (28), em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro criticou duramente o STF e a operação da PF de busca e apreensão ocorrida ontem, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito das fake news.
"Vamos parar com essa marcha da insensatez e de ameaça à democracia", afirmou Doria. "O país não é a pátria do ódio", complementou.
O governador de São Paulo também questionou a forma como Bolsonaro vem lidando com a crise do novo coronavírus.
"[Bolsonaro] está ausente na luta para salvar vidas, no apoio aos profissionais de saúde e na solidariedade aos mortos e enfermos", disse.