Na sexta-feira (29), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a decisão de encerrar vínculos com a OMS e redirecionar os recursos. O presidente ressaltou que a China tem contribuído com pouco dinheiro na organização em comparação com os EUA e que mesmo assim o país asiático exerce, segundo ele, controle completo sobre a OMS.
"Ações que enfraqueçam os resultados internacionais devem ser evitadas. Nesse contexto, nós pedimos aos EUA que reconsiderem a decisão anunciada", afirma o comunicado conjunto da UE.
Segundo o bloco europeu, a principal tarefa da comunidade internacional diante da pandemia da COVID-19 é salvar vidas e impedir a disseminação do vírus. Portanto, o bloco manterá o apoio à OMS e já ampliou o financiamento direcionado à organização.
"A cooperação global e a solidariedade através de esforços multilaterais são a única via efetiva e viável de vencer esta batalha que o mundo está enfrentando. A OMS precisa continuar capaz de liderar a resposta internacional a pandemias, agora e no futuro. Para isso, é muito necessário a participação e o apoio de todos", acrescentou a UE.
Mais cedo neste sábado (30), o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, também criticou a decisão de Trump, afirmando que a medida é decepcionante e pediu que a União Europeia lidere a reforma da organização.
Trump tem acusado a OMS de ser enviesada a favor da China e de ter falhado na resposta ao novo coronavírus. Em abril deste ano, o líder norte-americano já havia anunciado o congelamento do financiamento de Washington à OMS e alertou que a medida poderia se tornar permanente caso a organização não se comprometesse a realizar grandes mudanças no prazo de um mês.