"Estou extremamente preocupado com a contínua agressão chinesa ao longo da atual linha de controle na fronteira Índia-China. A China está demonstrando mais uma vez que prefere intimidar seus vizinhos do que resolver conflitos de acordo com o direito internacional", acusou Engel nesta segunda-feira (1º).
O parlamentar acrescentou que "todos os países devem cumprir o mesmo conjunto de regras para que não vivamos em um mundo onde a lei dos mais aptos governe". "Peço fortemente à China que cumpra as regras e use a diplomacia e os mecanismos existentes para resolver seus problemas de fronteira com a Índia", acrescentou ele.
O presidente dos EUA, Donald Trump, se ofereceu na semana passada para mediar a disputa territorial entre Nova Deli e Pequim.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, declarou que os dois países não precisam de intervenção de terceiros e são capazes de resolver seus assuntos bilaterais através do diálogo.
O ministro do Interior da Índia, Amit Shah, revelou que "as negociações estão ocorrendo nos níveis diplomático e militar" com a China e expressou confiança de que a situação pode ser resolvida.
China e Índia disputam uma parte do território montanhoso do norte da região da Caxemira, além de cerca de 60 mil km quadrados no estado de Arunachal Pradesh. A atual linha de controle passa pela região de Ladakh.
No outono de 1962, a disputa levou a uma guerra de fronteira. Em 1993 e 1996, China e Índia assinaram acordos de manutenção da paz nas regiões disputadas.
Em 2017, os militares indianos e chineses mantiveram-se tensos frente a frente em outra área tibetana, Doklam (Donglang, para Pequim), um pequeno platô localizado em uma área de importância estratégica para Nova Deli e é disputado pela China e pelo Reino de Butão.
A situação no leste de Ladakh piorou depois que cerca de 250 soldados chineses e indianos entraram em conflito na noite de 5 de maio na área de Pangong Tso. A violência, que durou até o dia seguinte, deixou mais de 100 feridos de ambos os lados e cessou após uma reunião de líderes locais.
Ambos os países enviaram tropas adicionais na área após o incidente.