O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, criticou a imposição de novas sanções sobre aquilo que Mike Pompeo, secretário de Estado norte-americano, chama de "regime de Maduro".
Lo 1ro que hace @SecPompeo en las mañanas es anunciar otra agresión a Venezuela. OBSESIÓN CRIMINAL. Quiere que los venezolanos se queden sin gasolina, que el Estado no pueda vender petróleo para importar medicinas, tratamientos, alimentos e insumos para producir: LESA HUMANIDAD https://t.co/XZzp4ZZrai
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) June 2, 2020
"A primeira coisa que o secretário [de Estado Mike] Pompeo faz pela manhã é anunciar mais uma agressão contra a Venezuela. Obsessão criminosa. Ele quer que os venezuelanos fiquem sem gasolina, quer que o Estado não possa vender petróleo para importar remédios, tratamentos, alimentos e insumos para produzir: lesa-humanidade."
Essa reação veio depois que Pompeo anunciou em sua conta no Twitter que os Estados Unidos haviam sancionado quatro empresas por facilitarem a venda de petróleo venezuelano.
Today the United States is sanctioning four companies for their role in facilitating the Maduro regime’s theft of Venezuelan oil. These sanctions further isolate the Maduro regime and are another step toward gaining freedom and prosperity for the people of Venezuela.
— Secretary Pompeo (@SecPompeo) June 2, 2020
"Hoje os Estados Unidos sancionam quatro empresas por seu papel em facilitar o roubo do petróleo venezuelano pelo regime de Maduro. Estas sanções isolam ainda mais o regime de Maduro e são mais um passo para ganhar liberdade e prosperidade para o povo da Venezuela."
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou quatro entidades e quatro petroleiros: o petroleiro Athens Voyager com bandeira do Panamá, Chios I de Malta, Sea Hero das Bahamas e Voyager I, que navega sob bandeira das Ilhas Marshall.
As entidades sancionadas incluem Adamant Maritime Ltd., Afranav Marítimo, Sanibel Shiptrade Ltd., as três das Ilhas Marshall, e Seacomber Ltd., da Grécia.
Antes das sanções, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo exortou a comunidade internacional a aumentar a pressão sobre o presidente venezuelano Nicolás Maduro até que ele abandone o que ele chamou de "controle ilegítimo do poder".
"Os Estados Unidos continuarão a aumentar a pressão sobre Maduro e seus facilitadores até que uma transição democrática comece", disse Pompeo.
Maduro, cuja presidência é apoiada pela Rússia e China, entre outros Estados, denunciou as sanções dos EUA como uma tentativa ilegal de confiscar os ativos soberanos da Venezuela.