Nesta quinta-feira (4), David Schenker disse que Rússia "desempenha um papel destrutivo" no Oriente Médio e deve "ir embora" da região.
"Nós acreditamos honestamente que eles [Rússia] devem ir embora de lá [Oriente Médio]", disse o funcionário.
Por sua vez a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em resposta às afirmações de Schenker, exortou a avaliar os resultados da política de Washington na região.
"Gostaria de questionar qual projeto dos EUA nas últimas duas décadas no Oriente Médio Schenker considera como bem-sucedido? […] Não conseguimos recordar. Apenas morte e destruição", disse ela à Sputnik. Embora talvez seja exatamente assim que Schenker vê o resultado de "um projeto bem-sucedido", acrescentou diplomata.
Oleg Morozov, membro do comitê internacional do Conselho da Federação da Rússia, disse que as declarações do diplomata norte-americano são uma grosseria.
"Os americanos vêm às terras dos outros, frequentemente de forma ilegítima, e iniciam guerras. Enquanto nós [Rússia] chegamos quando somos chamados para acabar com as guerras", ressaltou Morozov.
"Em nome de suas ambições geopolíticas, os americanos verteram oceanos de sangue", acrescentou.
O vice-presidente do Comitê para Defesa e Segurança do Conselho da Federação da Rússia, Aleksei Kondratiev, sugeriu que "o papel destrutivo da Rússia no Médio Oriente" consiste em que Moscou impede os EUA de roubarem petróleo da Síria.
"Não foi a British Petroleum [BP] que conseguiu obter [acesso] à exploração dos campos de petróleo no Iraque? Claro que, neste cenário, a presença dos russos é indesejável."
O vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma da Rússia, Andrei Krasov, exortou Washington a "ir embora" da Síria e não interferir com a normalização da vida no país.
Ele sublinhou que os militares dos EUA não só estão presentes de forma ilegítima no país árabe, com também, segundo várias fontes, utilizam para seus próprios fins os recursos naturais da Síria e apoiam organizações terroristas na região.