O drone, que surgiu em agosto de 2019, realizou um voo conjunto com um Su-57 russo logo em setembro.
Durante esse exercício, manobrou no ar em modo automático a uma altitude de cerca de 1.600 metros, tendo seu voo durado mais de 30 minutos, informa a revista The National Interest (NI).
Está decorrendo a preparação de uma nova fase de desenvolvimento do processo, constituindo os próximos exercícios e demonstrações em "testes de motores, taxiamento, trabalho no solo e testes de sistemas", indica a NI.
A aeronave – que está sendo desenvolvida pelo Escritório de Projetos Sukhoi – tem um peso de decolagem de 20 toneladas e pode atingir velocidades de aproximadamente 1.000 quilômetros por hora.
Segundo a NI, a julgar pelas fotos, o drone terá um motor incorporado internamente e deverá transportar o armamento em compartimentos internos, pois não se vislumbram pilones externos de suspensão de mísseis.
Na opinião da NI, o Okhotnik parece ser mais detectável ao radar que o bombardeiro norte-americano B-2, por apresentar um design mais angular.
Apesar de construído com materiais refletores de radar, sua forma pode ser propícia ao retorno de sinais de radar em virtude do que parece ser uma inclinação mais acentuada e nítida das asas até à fuselagem, não obstante os claros propósitos de maximização das características de furtividade concebidas pela Sukhoi.
Ao mesmo tempo, apesar da relativa eficácia de suas propriedades furtivas, o drone de ataque russo parece ter mostrado vários atributos adicionais que podem ser motivo de preocupação para os rivais norte-americanos, refere a NI.
Em particular, suas manobras de voo com o caça Su-57 de quinta geração demonstraram a possibilidade de operarem em conjunto quando o piloto da aeronave controla o drone.
Esta tecnologia também está sendo desenvolvida agora na América em aeronaves F-22 e F-35 e possibilita que as aeronaves interajam diretamente sem intermediação das estações no solo.
Tal fato permitirá que o Su-57 opere a uma distância segura do inimigo. Já um Okhotnik bem armado poderia operar e atacar em áreas de muito maior risco, como as que são fortemente defendidas por meios aéreos e defesas antiaéreas em terra.
O grau de coordenação ar-ar, rede ou comando e controle entre um Okhotnik e um Su-57 pode ainda não ser totalmente conhecido. Mas não restam dúvidas que este tipo de conectividade ar-ar está se desenvolvendo muito rapidamente.