Em informe divulgado para a imprensa e publicado no site da pasta, o Ministério divulgou o número consolidado de mortes e casos confirmados da COVID-19 no país, de 37.312 e 685.427, respectivamente.
De acordo com esses números, nas últimas 24 horas foram mais 1.382 mortes e 12.581 novos casos. A apresentação da pasta não divulgou quanto foi registrado nas últimas 24 horas, somente o consolidado, sendo preciso subtrair do total de sábado (6) para se chegar a esse resultado.
No entanto, algum tempo depois, plataforma digital criada pelo ministério com dados sobre a evolução da doença foi atualizada com números bastante diferentes, trazendo, dessa vez, somente os registros das últimas 24 horas.
De acordo com a plataforma, foram 525 mortes nas últimas 24 horas (diferença de 857 para o boletim anterior) e 18.912 novos casos confirmados (diferença de 6.331), além de 6.803 pessoas curadas, dado que não aparece no boletim enviado pelo ministério e publicado no site da pasta.
Com esses números, o total de mortes seria de 36.455, e não de 37.312, e o de casos de 691.758, e não de 685.427.
Boletim vem sendo alvo de discussão
A divulgação dos dados sobre a doença foi alvo de intensa discussão no país nos últimos dias. Primeiro, os boletins passaram a ser publicados somente por volta das 22h. Nas gestões de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich o informe era divulgado pelo menos até as 19h.
O presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar para jornalistas que, com a mudança, acabariam as matérias sobre o aumento de número de mortos no Jornal Nacional, que é exibido às 20h30.
Depois, o governo confirmou que o boletim seria divulgado às 22h, com a justificativa de que assim se evitaria inconsistência de dados.
Além disso, o Ministério da Saúde informou que não passaria mais a divulgar o número consolidado de mortes e casos confirmados da COVID-19. Nos boletins de sexta-feira (5) e sábado (6) esses dados não foram contabilizados.
Governo diz que criará novo modelo de apresentação
A omissão dos números totais de óbitos e pessoas infectadas gerou fortes críticas de especialistas, gestores de saúde e políticos.
Neste domingo (7), em seu primeiro boletim, o Ministério da Saúde divulgou os dados consolidados, o que não ocorreu na plataforma digital, que trouxe números diferentes. A pasta informou ainda que iria criar um novo modelo interativo para apresentação da evolução da COVID-19 no país, mas sem deixar claro qual será o método utilizado.