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Bolsonaro e Guedes são inseparáveis, diz ex-banqueiro criador de campanha anti-Bolsonaro

© REUTERS / Adriano MachadoO presidente Jair Bolsonaro em protesto realizado em Brasília contra o STF e a Câmara dos Deputados. Foto de 17 maio de 2020.
O presidente Jair Bolsonaro em protesto realizado em Brasília contra o STF e a Câmara dos Deputados. Foto de 17 maio de 2020. - Sputnik Brasil
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Criador de hashtag contra Jair Bolsonaro (sem partido), o engenheiro Eduardo Moreira acredita que o presidente deve sofrer impeachment e que seus opositores devem somar forças.

Moreira também é escritor e comunicador. Em uma discussão ao vivo com o ex-senador Roberto Requião, foi criada a hashtag "#Somos70porcento", uma referência à parcela da população brasileira que não considera a gestão de Bolsonaro como excelente ou boa. 

A iniciativa viralizou e recebeu apoio de políticos e celebridades. Com o avanço do coronavírus e a presença frequente do presidente da República em atos com faixas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Poder Judiciário, ela é mais uma das alianças e coalizões que têm se formado.

"O que esse movimento faz é lembrar as pessoas que elas, que são contra esse governo, fazem parte da maioria, não é um movimento que tem uma lista, que tem rosto de pessoas famosas, um movimento que você tem que ser aceito ou não, é um movimento que te lembra que se você é contra esse governo, você faz parte da maioria", diz Moreira à Sputnik Brasil. 

Segundo pesquisa Datafolha divulgada em 28 de maio, a reprovação popular de Bolsonaro bateu recorde e está em 43%. Os que consideram o governo como regular são 22%, enquanto os que o consideram ótimo ou bom são 33%. Outras pesquisas de opinião também indicam que posições do Governo Federal, como o armamento da população e a aproximação com o centrão, são medidas impopulares

O engenheiro avalia que é necessário fazer o impeachment de Bolsonaro e que, durante o processo de afastamento, é possível criar uma mobilização para diminuir o apoio ao presidente. Para ele, muitos eleitores votaram no ex-capitão do Exército porque acreditaram que Paulo Guedes seria uma solução para o "jeito autoritário" de Bolsonaro.

"Existe uma confusão de muitas pessoas da pauta econômica com a pauta autoritária de Bolsonaro. Essas pessoas achavam que eram pautas separadas, por isso eu digo confusão, porque não eram pautas separadas. O plano econômico de Guedes é o mesmo plano político de Bolsonaro, as duas coisas fazem parte de um projeto só. Não existe 'eu sou a favor de Guedes e contra Bolsonaro', porque o que sustenta Guedes é Bolsonaro e o que sustenta Bolsonaro é Guedes", diz Moreira.

Ainda de acordo com Moreira, os eleitores arrependidos agora veem que Guedes não trouxe resultados econômicos e que a sociedade brasileira continua profundamente desigual. "Eles [eleitores] viram que o que tomou conta do Brasil foi um governo de perversos e que está governando para um grupo de 0,01% das pessoas, fazendo o Brasil retroceder séculos em questão de anos", afirma. 

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