Em 2018, astrônomos detectaram uma forte explosão espacial em uma galáxia a 200 milhões de anos-luz de distância, cuja natureza ainda não era conhecida. Os astrônomos chamaram-nos Transientes Ópticos Azuis Rápidos (FATB, na sigla em inglês), devido à enorme rapidez e intensidade com que a matéria era ejetada.
Os cientistas consideraram as hipóteses de a explosão ser provocada por um buraco negro devorando uma anã branca, ou um tipo incomum de colapso do núcleo de uma supernova, que cria uma estrela de nêutrons ou um buraco negro, mas agora acreditam que o mais provável é ser uma supernova muito rara.
Desde então, foram detectadas mais duas explosões, escreve o portal Science Alert.
Uma delas foi identificada em uma galáxia a uma distância de 3,4 bilhões anos-luz pela pesquisadora Anna Ho, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, EUA. Ela descreveu o evento, chamado ZTF18abvkwla, ou "Coala", como "dez vezes mais brilhante, tão brilhante quanto uma explosão de raios gama!", e publicou o artigo na revista The Astrophysical Journal.
Deanne Copejans, da Universidade Noroeste dos EUA, detectou uma explosão ainda maior em uma galáxia a 500 milhões anos-luz de distância, atingindo 55% da velocidade da luz, publicando o estudo sobre o CSS161010 na revista The Astrophysical Journal Letters.
"Sabemos de explosões estelares energéticas que podem ejetar material quase à velocidade da luz [...] mas lançam apenas uma pequena quantidade de massa - cerca de 1 milionésimo da massa do Sol. O CSS161010 lançou de 1 a 10% da massa do Sol a velocidades relativistas [próximas da velocidade da luz], evidência de que esta é uma nova classe de transientes!", exclamou.
O trabalho agora se focará em procurar mais eventos deste gênero para tentar encontrar mais pontos comuns e assim ter a certeza sobre o que está produzindo as explosões.