Primeira geração de estrelas não surgiu como pensávamos, dizem cientistas

© Foto / PixabayBig Bang (ilustração)
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Segundo teorias, as primeiras estrelas eram muito pesadas e quentes, com uma composição única de hidrogênio, hélio e lítio. Os pesquisadores acreditam que elas podem ter formado planetas.

Uma equipe de cientistas da Agência Espacial Europeia disse que seu estudo sobre a primeira geração de estrelas terminou sem que a equipe conseguisse encontrá-las, de acordo com a organização.

De acordo com os resultados da pesquisa, que será publicada em futura edição da revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, os cientistas não descobriram sinais de estrelas da População III em galáxias que existiam 500 milhões a 1 bilhão de anos após o Big Bang, o evento que se acredita ter formado o Universo. As estrelas dos tipos População I e População II receberam seus nomes antes de suas antecessoras cronológicas da População III.

Para "viajar no tempo", os cientistas estudaram galáxias distantes usando dados do Telescópio Espacial Hubble, bem como do Telescópio Espacial Spitzer da NASA e do Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul, bem como um fenômeno chamado "lente gravitacional".

Os pesquisadores usaram galáxias em primeiro plano como lupa para examinar galáxias mais distantes e incrivelmente ténues. A luz dessas galáxias leva entre 12,8 a 13,3 bilhões de anos para chegar à Terra, o que significa que contêm muita informação sobre o Universo. Os cientistas esperavam que elas pudessem lançar luz sobre as antecessoras que brilharam há bilhões de anos.

No entanto, segundo Rachana Bhatawdekar, autora principal do estudo, todas as tentativas de encontrar sinais das estrelas da População III foram infrutíferas.

"Não encontramos evidências dessas estrelas da primeira geração da População III neste intervalo de tempo cósmico. Estes resultados têm profundas consequências astrofísicas, pois mostram que as galáxias devem ter se formado muito antes do que pensávamos."

Os cientistas esperam que o Telescópio James Webb, o sucessor de Hubble, capaz de observar os mais distantes eventos e objetos do Universo, os ajude em sua busca pelas estrelas da População III. O projeto de US$ 9 bilhões (R$ 44,2 bilhões) está sendo desenvolvido conjuntamente pela NASA e seus parceiros, a Agência Espacial Canadense e a Agência Espacial Europeia.

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