Todos os 69 parlamentares que participaram da votação se posicionaram pela abertura do processo, inclusive deputados do partido de Witzel, o PSC. Entre eles Bruno Dauaire, que chegou a ser convidado pelo governador a desempenhar a função de líder do governo na Alerj. Houve apenas uma ausência.
A prerrogativa de abrir o processo é exclusiva do presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano (PT), mas ele optou por submeter a decisão de instauração do processo aos deputados.
Hoje, existem 14 pedidos de impeachment de Witzel na Alerj. O presidente da Casa deve escolher um deles para seguir com o processo.
A indisposição da Casa com Witzel cresceu após parlamentares denunciarem terem sido chantageados com dossiês feitos dentro do Palácio Guanabara, com objetivo de pressioná-los para votar contra o afastamento.
'Explicações do governador'
"Quero tomar uma decisão conjunta com o plenário. Essa decisão não é um pré-julgamento. É só para botar para andar o procedimento", disse Ceciliano. "Essa é uma oportunidade que a gente vai ter de trazer as explicações do governador. Voto sim para dar prosseguimento ao processo de impeachment", acrescentou, segundo o jornal O Globo.
Agora, uma comissão composta por cinco deputados, cinco desembargadores e pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Cláudio de Mello Tavares, vai produzir relatório, que pedirá ou não o afastamento do governador. Depois, o texto será votado em plenário.
Para o impeachment ser admitido, é preciso quórum qualificado (2/3 dos deputados). Se o impeachment for aprovado, Witzel será afastado. Depois, é formado um tribunal misto de julgamento, formado por cinco deputados eleitos pela Alerj e cinco desembargadores escolhidos por sorteio. A sessão é presidida pelo presidente do TJ, que tem voto de desempate.