A pasta informou ainda um total cumulativo de 828.810 casos confirmados do novo coronavírus, com 25.982 novas infecções nas últimas 24 horas e outras 909 mortes – os dados deixam o Brasil atrás apenas dos Estados Unidos (114 mil mortes).
O número oficial é semelhante ao divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa, que apontou para 41.901 mortes, com 843 óbitos nas últimas 24 horas, e 829.902 infecções, conforme informaram as secretarias estaduais de saúde.
A perspectiva de superar os britânicos já era projetada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) horas antes. A entidade destacou que o Sistema Único de Saúde (SUS) do país está resistindo à pressão por novos leitos e mais atendimentos.
"O sistema, como tal, a partir dos dados que vemos não está sobrecarregado", afirmou Mike Ryan, especialista em emergências da OMS, com poucas áreas do Brasil usando mais de 80% da capacidade de leitos de terapia intensiva de seus hospitais.
O Brasil claramente tem pontos críticos em cidades densamente povoadas, prosseguiu ele, mas no geral seu sistema de saúde está lidando com o segundo pior número de infecções do mundo.
O Ministério da Saúde registrou mais de 1.200 mortes por dia no Brasil desde terça-feira (9), um pedágio crescente à medida que o país se move para aliviar as restrições de quarentena e reabrir negócios, uma medida pedida pelo presidente Jair Bolsonaro.
Cético da doença, que chamou de "gripezinha", o mandatário acusou os governos estaduais de exagerar o número de infecções e mortes para miná-lo politicamente. Ele foi além e, na noite de quinta-feira (11), incentivou seus apoiadores a "encontrar uma maneira de entrar" nos hospitais para filmar se as camas da UTI estão ocupadas ou não, para fornecer imagens que a polícia e a agência de inteligência do Brasil poderiam investigar.