Em declarações à Sputnik, Ancha Baranova, professora da Universidade George Mason (EUA), chamou a atenção para o fato de a maioria dos assintomáticos serem jovens, não sendo alvo da devida atenção pelos médicos.
A bióloga referiu casos em que jovens fizeram uma tomografia computadorizada (TC), por exemplo, ao pâncreas, acabando por lhes serem detectados danos pulmonares.
"Tudo isso poderia ter sido estabelecido sem uma TC, se tivesse sido usada a espirometria para verificar o tamanho dos pulmões. Se começaram a mirrar, pode ser devido ao coronavírus", afirmou Baranova.
Contudo, a espirometria, acrescentou, somente seria útil se se tivessem feito tais medições antes da pandemia, permitindo dessa forma comparar o volume pulmonar.
"Se alguém der positivo para SARS-CoV-2, mas não sentir nenhum sintoma, precisa fazer uma tomografia para ver o que está acontecendo com os pulmões", recomendou a bióloga.
Segundo Baranova, um paciente infectado com o novo coronavírus pode não notar uma diminuição da função renal. Contudo, isso pode ser determinado através de um exame de sangue por filtração glomerular.
Alguns trabalhos científicos descreveram o curso assintomático da doença em gestantes, mas após o parto, quando a placenta foi levada para análise, descobriu-se que havia a presença do novo cornavírus SARS-CoV-2.
Nestes casos, a mulher grávida "não pode ser chamada de portadora assintomática, mas de pessoa com sintomas não diagnosticados", defendeu a bióloga.
Em sua opinião, mais do que verificar especificamente os sintomas do coronavírus, as gestantes deveriam era procurar – por ser mais seguro – não aumentar o número de contatos.