Segundo a autoridade norte-americana, o atraso teria ocorrido devido a um problema descoberto nas asas dobráveis da bomba planadora.
A SDB é uma munição de 93 quilos equipada com longas asas planadoras, o que lhe permite voar até 74 quilômetros após ser lançada, aproximando-se do alvo com três métodos de busca: imagens infravermelhas, radar de ondas milimétricas e orientação a laser.
Prevê-se que a bomba seja utilizada nos caças F / A-18 Hornet, F-15 Eagle e F-35 Lightning II.
Entretanto, um sério problema com as asas planadoras da bomba atrasou a produção e a capacidade operacional inicial (IOC, na sigla em inglês) por quase um ano, segundo o relatório da GAO.
O porta-voz da Força Aérea dos EUA, capitão Jake Bailey, afirmou ao portal Defense News que o problema estaria no "dispositivo de armazenamento do estabilizador de reserva", causado pela "fadiga da vibração durante longos voos ".
De acordo com a GAO, os longos estabilizadores (asas) da bomba, que permanecem dobrados no topo da munição durante o armazenamento, poderiam "abrir-se antes do lançamento".
"Embora o problema possa afetar todas as aeronaves que transportam a bomba, as autoridades afirmaram que o maior impacto é no F-35, pois a munição é transportada no compartimento interno da aeronave, podendo causar sérios danos caso os estabilizadores forem acionados enquanto a bomba estiver no compartimento", observa o relatório.
A SDB seria de grande utilidade para os F-35, já que o compartimento interno de bombas da aeronave furtiva não é suficientemente grande para armazenar muitas armas.
Com isso, a Raytheon foi forçada a modificar todas as 598 SDB entregues à Força Aérea dos EUA, alterando o projeto para reduzir a vibração dos estabilizadores.
"A falha do estabilizador é o único motivo pelo qual a produção foi parcialmente interrompida; assim que a aprovação final do governo for obtida, a produção pode ser retomada", afirmou Bailey ao Defense News.
As autoridades esperam que a capacidade operacional inicial seja obtida até agosto de 2020.