O secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, confirmou a medida em um comunicado, declarando que a Casa Branca "não cederá a liderança na inovação global", informa a Reuters.
"O Departamento [do Comércio] se compromete a proteger a segurança nacional e os interesses da política exterior dos EUA encorajando a indústria norte-americana a se comprometer totalmente e pleitear para que as tecnologias norte-americanas se tornem em padrões internacionais", declarou Ross.
Segundo a declaração, a alteração da lista negra dos EUA "promove os interesses de segurança nacional e política externa dos EUA, facilitando a liderança do país nos organismos de desenvolvimento de padrões".
"Em virtude da nova norma do Escritório de Indústria e Segurança, a tecnologia que não exija uma licença para ser revelada a Huawei antes da inclusão da empresa na Lista de Entidades pode ser revelada para efeitos da elaboração de normas em um órgão de desenvolvimento de normas sem necessidade de uma licença de exportação", citou.
A medida ocorre em meio à pressão contra a Huawei por parte dos EUA com acusações de que a empresa estaria cooperando com o Exército e os serviços de inteligência de Pequim, representando uma "ameaça" à segurança nacional do país. Por sua vez, tanto a Huawei quanto Pequim negaram as acusações.
As tensões entre os EUA e a Huawei se intensificaram depois que a empresa foi colocada na Lista de Entidades pelo Departamento de Comércio em maio de 2019, restringindo a capacidade de a empresa comprar tecnologia norte-americana em meio à guerra comercial entre a administração Trump e Pequim.