A decisão foi justificada com base na deterioração do cenário econômico brasileiro por conta da pandemia do novo coronavírus.
"No cenário externo, a pandemia da COVID-19 continua provocando uma desaceleração pronunciada do crescimento global. Nesse contexto, apesar da provisão significativa de estímulos fiscal e monetário pelas principais economias e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador", justificou o Banco Central, em nota.
O corte renovou o menor patamar histórico para a taxa Selic desde 1999.
Outro ponto que foi utilizado pelo Copom como base para a tomada de decisão foram os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano.
"Em relação à atividade econômica, a divulgação do PIB do primeiro trimestre confirmou a sua maior queda desde 2015, refletindo os efeitos iniciais da pandemia. Indicadores recentes sugerem que a contração da atividade econômica no segundo trimestre será ainda maior. Prospectivamente, a incerteza permanece acima da usual sobre o ritmo de recuperação da economia ao longo do segundo semestre deste ano", escreveu o BC.
O comitê disse que ainda irá avaliar nas próximas reuniões o impacto da pandemia da COVID-19 na economia para tomar os próximos passos.