A publicação pede que os países desenvolvidos liderem o processo para uma recuperação verde e sustentável da pandemia de COVID-19, de modo que o mundo não precise depender da caridade de multinacionais.
A WWF afirma que além do comércio ilegal de animais silvestres e do consumo de uma grande variedade de animais, práticas não sustentáveis de agricultura, destruição de habitats e uma "relação quebrada com a natureza" são elementos diretamente ligados à pandemia.
"Precisamos reconhecer urgentemente os vínculos entre a destruição da natureza e a saúde humana, ou em breve veremos a próxima pandemia. Devemos conter o comércio e o consumo de alto risco da vida selvagem, interromper o desmatamento e a conversão da terra, além de gerenciar a produção de alimentos de maneira sustentável. Todas essas ações ajudarão a impedir o transbordamento de patógenos para os seres humanos e também abordarão outros riscos globais para a nossa sociedade, como perda de biodiversidade e mudanças climáticas", disse Marco Lambertini, diretor-geral da WWF.
O relatório detalha como os vírus COVID-19, SARS, MERS, AIDS, ebola, zika, entre outros, atravessaram a barreira entre humanos e animais selvagens através de uma variedade de métodos baseados na atividade humana.
O texto também descreve o momento atual como uma oportunidade para mudar muitos comportamentos que são prejudiciais à natureza e ao bem-estar humano a longo prazo.
"No meio dessa tragédia, há uma oportunidade de curar nosso relacionamento com a natureza e mitigar os riscos de pandemias futuras, mas um futuro melhor começa com as decisões que governos, empresas e pessoas de todo o mundo tomam hoje. Os líderes mundiais devem tomar medidas urgentes para transformar nosso relacionamento com o mundo natural", afirmou Lambertini.