O sargento da PM paulista permaneceu em silêncio durante seu interrogatório no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O policial já estava sob custódia, detido administrativamente na Corregedoria da PM. Um segundo policial suspeito é investigado, mas ainda não foi identificado.
Guilherme Guedes foi encontrado morto na região da Zona Sul de São Paulo. Junto ao corpo, atingido por dois tiros, havia uma tarjeta com patente e "nome de guerra" de um policial militar.
A investigação, segundo publicou o portal G1, acredita que o PM assassinou o adolescente após concluir que o jovem estaria envolvido em um furto realizado em um galpão que era vigiado por uma empresa de segurança de propriedade do sargento.
Ao saber do roubo, o sargento saiu em busca dos ladrões e teria encontrado o adolescente em uma viela na região, próxima da casa do jovem.
Os acusados pelo assassinato foram vistos em um vídeo que os mostra saindo da viela após a morte do adolescente. Os tiros atingiram a mão e o rosto de Guilherme, o que aponta que ele teria tentado se proteger, e também a nuca do garoto negro.
Protestos, agressões e prisões de policiais
A morte do adolescente deflagrou uma série de protestos na periferia paulistana. Na segunda-feira (15), sete ônibus foram depredados ou queimados na região e no dia seguinte uma passeata percorreu o bairro.
No dia, a manifestação chegou a ser reprimida pela Polícia Militar após três ônibus terem sido depredados e também um posto de gasolina ter sido saqueado.
Vídeos circularam mostrando policiais agredindo pessoas em abordagens na região. Pelo menos 14 militares foram afastados, sendo que oito deles foram presos.