A UE atingiu os setores energético, financeiro e de armas da Rússia depois que Moscou cumpriu o referendo de reunificação da Crimeia, até então parte da Ucrânia, em 2014, e apoiou e apoiou forças aliadas que combatiam as tropas do governo de Kiev no leste ucraniano.
As restrições estão em vigor atualmente até o final de julho, e os 27 líderes nacionais da UE que realizam uma reunião virtual nesta sexta-feira (19) devem abrir caminho para mais uma extensão de seis meses, que seria formalizada ainda este mês, informaram fontes.
Separadamente, nesta quinta-feira (18), a UE prolongou sua proibição de fazer negócios com a Crimeia até meados de 2021. Um terceiro lote de sanções da UE lista negativamente as pessoas e empresas que o bloco vê como instrumentais para espalhar o caos na Ucrânia.
Enquanto alguns países, incluindo Itália e Hungria, gostariam de reviver os laços econômicos com a Rússia, a ala mais branda do bloco não ficou em vantagem recentemente, já que a UE ficou nervosa com o que viu como desinformação de Moscou sobre o novo coronavírus.
No mês passado, Moscou negou ter invadido ciberneticamente o Parlamento alemão e, nesta quinta-feira (18), promotores federais alemães acusaram a Rússia de ordenar um assassinato em Berlim em agosto passado, alegações que pesam ainda mais no plano dos líderes da UE, incluindo o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, por um reencontro cauteloso com Moscou.
O presidente dos EUA, Donald Trump, também expressou recentemente a ideia de convidar a Rússia ao futuro encontro do G7, um assento que Moscou perdeu devido ao conflito na Ucrânia.