O jornal observa que o escritório de comunicação intercoreano era "desnecessário e inútil" e destruí-lo foi um exercício de direito de Pyongyang.
"Mas isso é apenas o começo. Explosões ininterruptas seguirão para defender a justiça e podem exceder em muito a imaginação daqueles que adivinham o desenvolvimento da situação como bem entenderem. Nosso povo dificilmente pode reprimir seu crescente ressentimento e nosso Exército não pode mais exercer contenção", observa o jornal do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte.
"Um crime hediondo certamente implica uma punição implacável. Aqueles que fizeram a provocação hedionda não conseguirão escapar de um fim miserável diante da luta impiedosa e justa de todo o pessoal de serviço e pessoas que defenderam com devoção seu líder e sistema social", enfatiza o artigo.
As relações entre Pyongyang e Seul se deterioraram no início de junho, quando Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, acusou o país vizinho de jogar milhares de "folhetos antidemocráticos" no território da Coreia do Norte. Posteriormente, a Coreia do Sul tomou uma ação legal contra grupos de desertores norte-coreanos que enviaram objetos, contra o regime norte-coreano, amarrados a balões ou por garrafas jogadas no mar.
A Coreia do Norte já havia confirmado a destruição do escritório de comunicação intercoreano, localizado na região industrial norte-coreana de Kaesong, a 10 quilômetros ao norte da zona desmilitarizada entre as duas Coreias, no dia 16 de junho.
O lado sul-coreano também observou que a explosão ocorreu "após ameaças quase diárias" da Coreia do Norte "para punir Seul pelos folhetos de propaganda anti-Pyongyang".
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul prometeu responder duramente a qualquer possível provocação militar da Coreia do Norte.