Depois de conduzir uma série de simulações computorizadas sobre o chamado "desvio por amarração", uma equipe de pesquisadores da Universidade da Flórida Central desenvolveu um mecanismo que explora cabos espaciais supersólidos para amarrar corpos potencialmente perigosos a outros pequenos que permanecem nas proximidades, de acordo com uma pesquisa publicada pela Springer Science+Business Media.
O estudo sugere que o centro de massa mude quando os dois corpos são amarrados com cabos (normalmente usados em elevadores espaciais e para conexão de satélites), sustentando a esperança que o asteroide maior, que estaria indo em direção à Terra, seja desviado.
Para testar a teoria na prática, a equipe usou o famoso asteroide Bennu, pois a rocha espacial possui uma das maiores classificações de risco de impacto com a Terra, além de ter uma inclinação relativamente baixa de órbita. Espera-se que Bennu voe para nosso planeta a partir de 2060.
"Os resultados mostram em ambos os casos um claro aumento no desvio de órbita para amarrações mais longas", sugere o estudo de forma promissora. "Para amarrações três vezes mais longas, os valores dos desvios são de uma ordem 5 vezes maior do que para a amarração mais curta escolhida para as simulações."
Ultimamente, a NASA e seus parceiros internacionais examinam ativamente os céus em busca de asteroides potencialmente perigosos e os estudam para descobrir formas de desviar um corpo celeste que voa em direção à Terra antes de ele atingir nosso planeta. Até agora, cerca de um terço dos estimados 25.000 grandes asteroides, que se acredita estarem em rota de colisão com a Terra, já foram descobertos.