A equipe concluiu que os restos mortais pertenciam a uma guerreira cita de 13 anos de idade, segundo estudo publicado na revista Archaeology and Cultural Anthropology.
Os arqueólogos encontraram os restos tão bem conservados que era possível identificar um sinal no lado esquerdo do rosto. Além disso, o corpo tinha uma costura áspera na pele da região do abdômen, indicando uma tentativa de mumificação artificial.
No entanto, no momento da descoberta não foi encontrado nenhuma evidência de que se tratava de uma mulher.
"Recentemente, tivemos a oportunidade de realizar testes para determinar o sexo, a idade e a afiliação genética da guerreira enterrada [...] Assim, temos o prazer de informar que alcançamos um resultado impressionante", afirmou Marina Kilunovskaya, que participou na expedição arqueológica, citada pelo The Siberian Times.
O corpo foi enterrado no final do século VII ou princípio do século VI a.C. junto com diversas armas, incluindo um machado, um arco de bétula e uma aljava com dez flechas de aproximadamente 70 centímetros de comprimento, duas de madeira, uma com ponta de osso e o resto com pontas de bronze.
O caixão, esculpido em uma única peça de madeira, estava enterrado a pouco mais de meio metro de profundidade e orientado para o sudoeste.
"O enterro da garota com armas indica uma nova pista da estrutura social da sociedade nômade primitiva [...] Isto abre um novo aspecto no estudo da história social dos povos citas e nos devolve involuntariamente ao mito das amazonas, que sobreviveu graças a Heródoto", explica Kilunovskaya.
Além do historiador Heródoto, o médico grego Hipócrates, que viveu aproximadamente entre os anos 460 e 370 a.C., escreveu que as mulheres guerreiras entre os sármatas, um povo cita famoso por seu domínio da arte da luta a cavalo, "cavalgavam, disparavam, lançavam dardo e lutavam contra seus inimigos".