Cientistas teorizam como Plutão consegue ter água estando tão longe do Sol

© REUTERS / NASA / JHUAPL / SwRI / HandoutImagem de Plutão composta por quatro fotos do satélite LORRI da New Horizons
Imagem de Plutão composta por quatro fotos do satélite LORRI da New Horizons - Sputnik Brasil
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Há várias teorias de como o planeta anão se formou no Sistema Solar, desde uma formação "fria" a uma formação "quente", mas ainda não há conclusões sobre o processo exato.

Durante muito tempo, Plutão tem sido representado pelos cientistas como completamente congelado devido à sua distância média de 5,9 bilhões de quilômetros do Sol, mais longe que os outros planetas do Sistema Solar.

No entanto, a história exata do planeta anão, que se formou junto com o Sistema Solar há 4,5 bilhões de anos, ainda é discutida, levando a diferentes teorias de como sua formação afetou a temperatura de Plutão e a existência de água congelada, segundo o portal Science Alert.

"Agora que temos imagens da superfície de Plutão da missão New Horizons da NASA [de 2015], podemos comparar o que vemos com as previsões de diferentes modelos de evolução térmica", afirmou o cientista terrestre e planetário Francis Nimmo.

Segundo um cenário proposto pelo cientista Nimmo, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, EUA, se Plutão se desenvolveu rápido, o calor gerado pelo processo poderia ter sido suficiente para manter os oceanos subsuperficiais durante bilhões de anos.

© NASA . NASA/JHUAPL/SWRIA parte direita da imagem precedente em uma escala maior mostra duas montanhas geladas cercadas por uma planície
Cientistas teorizam como Plutão consegue ter água estando tão longe do Sol - Sputnik Brasil
A parte direita da imagem precedente em uma escala maior mostra duas montanhas geladas cercadas por uma planície

Outra teoria é que Plutão se desenvolveu mais lentamente por causa de material frio, mas essa informação descoberta pelas observações da New Horizons contradiz essa teoria, acima de tudo pela falta de características de compressão em sua superfície, de acordo com cientista terrestre e planetário Carver Bierson, da Universidade da Califórnia em San Diego, e autor principal do trabalho.

A equipe encontrou um sistema de cristas e canais que acreditam ser indicativo de uma fase inicial de extensão, e também de extensão mais moderna.

Segundo o processo teorizado pela equipe que duraria 30.000 anos, e cujos resultados foram publicados na revista Nature Geoscience, Plutão aumentou lentamente nas fases iniciais, antes de acelerar seu crescimento.

"Vemos muitas evidências de expansão, mas não vemos nenhuma evidência de compressão, então as observações são mais consistentes com Plutão começando com um oceano líquido", afirma Bierson.

No entanto, admitem os pesquisadores, há também provas de características de compressão, tais como cristas planetárias, que não se encaixam ao modelo de Plutão se desenvolvendo a temperaturas elevadas, pelo que faltam pesquisas que ajudem a entender mais a evolução do planeta anão.

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