Pompeo também reiterou que a Casa Branca deseja apoiar o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, enquanto o país norte-americano busca derrubar o presidente Nicolás Maduro.
O anúncio ocorre após o Departamento do Tesouro dos EUA divulgar que iria impor sanções relacionadas à Venezuela contra quatro companhias e quatro embarcações pertencendo a estas entidades por seu alegado envolvimento no comércio de petróleo com o país sul-americano.
A ação norte-americana se segue ao pronunciamento de Hossein Salami, comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, que elogiou a decisão de seu país de enviar petróleo à Venezuela em meio a ameaças dos EUA contra Caracas e Teerã.
"Demonstramos nosso poderio e nossa grande exibição de poder foi a imposição de nossa vontade [aos inimigos] e a navegação [dos petroleiros] por alto mar do golfo Pérsico à Venezuela", afirmou Salami a jornalistas em junho.
Ele se pronunciou após o porta-voz da chancelaria iraniana indicar que o país persa prosseguiria os envios se "Caracas pedir mais fornecimentos do Irã", que "está praticando seu direito de negociar livremente com" o país sul-americano.
O anúncio norte-americano abrange os cinco petroleiros iranianos, incluindo Clavel, Faxon, Fortune, Forest e Petúnia, que forneceram mais de 1,5 milhãos de barris de petróleo à Venezuela, atingida por uma grave falta de combustível causada pelas sanções dos EUA.
Sanções dos EUA contra Venezuela e Irã
Washington começou a aplicar sanções contra a economia da Venezuela em 2018 para derrubar o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Parte das sanções se destina à companhia Petróleos da Venezuela (PDVSA), algo considerado ilegal e vergonhoso por Caracas.
O Irã, por outro lado, está sob sanções norte-americanas que foram reinstauradas em maio de 2018, quando o presidente estadunidense Donald Trump anunciou a saída unilateral do tratado nuclear com o Irã de 2015.
As tensões entre EUA e Irã alcançaram uma nova fase quando um ataque dos EUA, autorizado por Donald Trump, assassinou o general iraniano Qassem Soleimani no Aeroporto Internacional de Bagdá no começo de janeiro.